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Santos / Saúde

O quanto o otimismo pode influenciar na saúde?

Por Paulo Angelo Lorandi

O otimismo pode ser descrito como a capacidade de uma pessoa em buscar estratégias para gerenciar situações estressantes e buscar as melhores saídas. Estudos mostram que quanto mais otimista a pessoa se apresenta, menor sua condição de estresse. Isso avaliado por fatores emocionais e biológicos. Ser otimista facilita na condição de saúde e de doença. O otimismo pode até melhorar a ação dos medicamentos, ao produzir o efeito placebo.

Esse fenômeno é bastante estudado. Algumas pesquisas apontam que cerca de 30% do resultado do medicamento possa ser fruto desse efeito. Há estudos que mostram que até alguns tipos de cirurgias podem produzir o efeito placebo. Esse resultado é fruto do pensamento de um efeito positivo que o medicamento possa provocar. Ou seja, é bom ser otimista em relação ao resultado do tratamento.

E os indivíduos com transtornos psíquicos são mais suscetíveis, podendo produzir efeito em até 70% dos casos. E o inverso também é válido, ou seja, também é possível para a mente criar o efeito nocebo. A visão pessimista levaria a um menor efeito do medicamento, podendo até produzir a percepção de reações adversas vinculadas ao medicamento.

Aparentemente, o otimismo pode ser aprendido. Estudos mostram que pais que ensinam suas crianças a entenderem seus fracassos analisando as causas externas, tornam seus filhos com uma postura mais positiva. Do mesmo modo, alguns estudiosos sobre o assunto afirmam que as pessoas otimistas tendem a se sair melhor nos ambientes de trabalho.

Um sentimento que corre ao largo do otimismo é a autoestima. Pesquisadores afirmam que há uma correlação positiva entre altos níveis de autoestima e uma orientação otimista para vida. Obviamente, autoestima e otimismo não podem se confundir com o excesso de confiança, ainda que a otimista tenda a ter a confiança na probabilidade de ocorrência de eventos favoráveis, mas, de forma realista, não subestima a incerteza.

O otimismo e a boa autoestima levam ao indivíduo a ter melhor percepção de pertencer a um grupo, seja ele familiar, profissional ou social. Essa condição de pertencimento traz, por sua vez, um reforço para o otimismo e a para a capacidade de resistir aos infortúnios, sejam eles individuais ou coletivos. Com isso, tenha uma visão otimista e confie em sua capacidade, apesar de estarmos vivendo tempos difíceis. Juntos, seremos mais capazes. Manteremos melhor resistência orgânica, psíquica e social.

Foto: Pixabay

Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM), do curso de Farmácia da Unisantos, está disponível para solucionar suas dúvidas. O contato pode ser pelo e-mail cim@unisantos.br
Prof. Dr Paulo Angelo Lorandi, farmacêutico pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas-USP (1981), especialista em Homeopatia pelo IHFL (1983) e em Saúde Coletiva pela Unisantos (1997), mestre (1997) e doutor (2002) em Educação (Currículo) pela PUCSP. Professor titular da UniSantos. Sócio proprietário da Farmácia Homeopática Dracena.


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