PUBLICIDADE

Santos / Saúde

Santos intensifica busca para identificar casos de tuberculose

Um dos motivos pela medida foi que a cidade contabilizou 236 novos casos da doença no ano passado.

 

 

Foto: Divulgação / Prefeitura de Santos

 

Por Vinícius Farias

O Centro de Controle de Doenças Infecciosas (CCDI) de Santos começou uma busca ativa na segunda-feira (24) com todos os usuários que passam pelo local, com objetivo de identificar casos de tuberculose, seguindo até sexta-feira (28), das 8h às 12h, na unidade que fica na Rua da Constituição, 556, Paquetá.

Um dos motivos pela medida foi que Santos contabilizou 236 novos casos de tuberculose no ano passado.

Há cerca de um mês, uma outra ação foi realizada para a detecção da doença. Desta vez no Ambulatório de Tuberculose, que atende na Rua Nabuco de Araújo, 36, no Boqueirão. As testagens foram feitas em crianças, buscando identificar se elas tiveram contato com pessoas infectadas pelo bacilo de Koch, principal causador da tuberculose. Cerca de 150 crianças foram testadas, e o resultado positivo foi detectado em 80%.

 

Sintomas e recomendações

 

De acordo com a prefeitura, o munícipe que estiver com tosse por três semanas ou mais, seja ela seca ou não, deve procurar a policlínica de referência de sua residência para avaliação. A critério clínico, é oferecida a coleta de exame de baciloscopia de escarro, que identifica a doença. Dúvidas podem ser encaminhadas ao Programa de Controle da Tuberculose de Santos, que atende pelo número (13) 3222-1229.

O enfermeiro epidemiologista do CCDI, Tulio Henrique da Silva explica que o teste realizado na unidade é feito em local aberto para evitar contágio. O escarro é feito em um pote, e o material é armazenado na temperatura entre 2°C e 8°C. “Ao término das coletas, o material é levado para análise no Instituto Adolfo Lutz. Orientamos as pessoas a voltarem ao CCDI para informarmos dos resultados”.

Febre (principalmente no período da tarde), suor noturno, tosse com secreção, perda de peso e falta de apetite são os principais sintomas que podem aparecer, porém não ocorrem em todos os casos.

 

Os medicamentos são disponibilizados gratuitamente pelo Governo do Estado. O tratamento tem duração de, pelo menos, seis meses, com ingestão assistida da medicação necessária na policlínica. O procedimento deve ser feito até o fim, para evitar o ressurgimento da doença com uma resistência maior ao medicamento utilizado. Se isso acontecer, é necessário realizar uma nova terapia. Em casos graves de resistência à medicação, o paciente deve ser internado.

Segundo destaca Tulio Henrique, o período mais crítico da pandemia de covid-19 resultou em aumento dos casos de tuberculose no mundo. Isso em razão do confinamento em que as pessoas se encontravam e aliado à falta de procura de testes e tratamento. “Embora seja considerada uma doença infecciosa grave, a tuberculose, quando identificada e tratada precocemente, sem interrupção do tratamento, tem 100% de chance de ser curada”.

A coordenadora do CCDI, Michele Cunha, ressalta a importância desta busca ativa. “Quanto antes for feito o diagnóstico, a pessoa já começa a ser tratada e, assim, para de transmitir a doença para outras pessoas. E como se trata de um tratamento prolongado, de no mínimo seis meses, quanto mais rápido ela inicia o tratamento, mais rápido ficará curada”.