PUBLICIDADE

Santos / Saúde

Santos registra seis casos de chikungunya somente em junho

 - REVISTA MAIS SANTOS

Da Redação

A Secretaria de Saúde de Santos aplicará inseticida (nebulização) em imóveis onde há casos positivos de chikungunya, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Neste mês de junho, foram confirmados seis casos – o primeiro no bairro Valongo, local da primeira nebulização, na próxima segunda-feira (15), a partir das 9h. Em caso de chuva, nova data será definida.

Quinze agentes de controle de endemias estão envolvidos na ação no bairro, sendo dois nebulizadores, que carregam pulverizadores parecidos com mochilas, e aplicam o inseticida, em especial áreas abertas, como quintais, frente e corredores das residências.

Eles percorrerão 128 imóveis no quadrilátero formado pela Avenida Getúlio Vargas, Rua Visconde do Embaré, Rua Cristiano Otoni e Praça Manoel de Almeida – ou seja, ao redor da residência da pessoa que contraiu a doença. Entre os dias 3 e 10 de junho, os agentes realizaram o bloqueio de controle de criadouros (BCC) nestes locais, com vistoria e eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti. Quem mora ou trabalha nos imóveis já foi informado sobre a nebulização.

“O BCC é uma fase preparatória e obrigatória para a aplicação posterior do inseticida, que atua na eliminação de mosquitos adultos, diferentemente das vistorias, em que o foco é diminuir a proliferação do mosquito por meio da eliminação dos criadouros, onde encontramos o inseto nas fases de larva e pupa”, explica Ana Paula Favoreto, chefe técnica de Controle de Vetores.

 Próximas nebulizações

Outros casos positivos de chikungunya se relacionam aos bairros Vila Nova, morros São Bento e José Menino. Nos dois primeiros, o BCC já foi realizado e a nebulização deve ocorrer nas próximas semanas. No Morro José Menino, em local que faz divisa com São Vicente, a Seção de Vigilância Epidemiológica investigará o caso para a adoção de medidas.

“A nebulização é uma estratégia importante, mas adotada com critérios, seguindo protocolos. Como se trata do uso de inseticida, deve ser usada com parcimônia, em um raio de extensão considerado de risco para a proliferação da doença a partir da picada do mosquito em uma pessoa adoentada para ter mais eficácia”, explica Ana Paula Valeiras, chefe do Departamento de Vigilância em Saúde.

Sair de casa

No momento da nebulização, todas as pessoas devem sair do local, ao qual só devem retornar meia hora depois de terminada a aplicação do inseticida. Roupas devem ser tiradas do varal antes da aplicação. Alimentos, bebedouros e comedouros de animais devem ser guardados. Animais de estimação também não devem ser expostos à pulverização. Portas e janelas devem permanecer abertas.

 - REVISTA MAIS SANTOS

Doença

A febre chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti.

Os sintomas são parecidos com os da dengue, sendo o diferencial as dores nas articulações de forma bilateral e simultânea (ou seja, se o joelho esquerdo dói, o direito também; por exemplo). Essas dores, porém, perduram por tempo indeterminado. Em algumas pessoas, duram dias, em outras, meses e até anos. As pessoas acometidas pela febre chikungunya ficam incapacitadas de realizar suas atividades de rotina e as que são economicamente ativas, precisam ser afastadas do trabalho, já que a doença requer repouso absoluto. Os outros sintomas são febre, dor de cabeça, manchas avermelhadas e dores musculares.

A letalidade é mais baixa que a dengue, sendo considerada rara pela Organização Pan-Americana de Saúde.

Não existe tratamento específico para a febre chikungunya. Os sintomas são tratados com medicação para a febre e as dores articulares. Não é recomendado usar o ácido acetilsalicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia. Recomenda‐se repouso absoluto ao paciente, que deve beber muita água.

Casos

Com relação às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, Santos confirmou 65 casos de dengue e seis de chikungunya em 2020. Não há registro de zika neste ano. Já a febre amarela urbana não é registrada no Brasil desde a década de 1940.

Fotos: Reprodução/ Prefeitura de Santos