A relação dos humanos com os animais é muito controversa. Para alguns, os animais são fontes de alimentos e de serviços. Outros defendem iguais direitos, questionando a justiça e a moral de se utilizar os animais em experimentação, contrapondo-se mesmo havendo possÃveis benefÃcios para os seres humanos, pois não admitem um ser subjugar outro. Em alguns paÃses, o ser humano responsabiliza-se por todo o mal que infligir aos animais, considerando-se que a racionalidade humana demanda cuidar dos desprotegidos.
À parte das discussões éticas, diversos paÃses têm aumentado o rigor legal para os alimentos e medicamentos destinados aos animais. Desse modo, a qualidade dos produtos para os animais terá de ter padrões de qualidade compatÃveis com suas necessidades. Em parte, isso é necessário, pois bem-estar animal está firmemente vinculado ao das pessoas. Em uma situação em particular, essa relação é mais delicada: a dos animais domésticos.
O convÃvio do animal doméstico no interior dos lares pode ser um fator comprometedor da saúde humana. Se, por um lado, diversos estudos apontam para o benefÃcio de se manter animais em casa (idosos e crianças, em particular, têm ganho na qualidade de vida), por outro lado, há de se atentar para critérios de higiene e de manutenção da saúde do animal.
Os animais, devido suas caracterÃsticas de vida, são propensos à s parasitoses intestinais. Além de afetar a qualidade de vida dos bichos, algumas dessas doenças infecciosas podem ser bem danosas aos humanos. A FDA, órgão americano responsável pelos produtos e serviços relativos à saúde, tem alertado para a resistência aos vermÃfugos. Ou seja, pelo uso inadequado, esses medicamentos estão se tornando menos eficazes. É importante a visita periódica ao veterinário, para exames e eventual prescrição dos medicamentos.
Além disso, a caracterÃstica animal pode induzir a problemas. Os gatos, que tem números populacionais crescentes na sociedade, tem caracterÃstica “feralâ€, de caçador. Dependendo da personalidade do animal, isso será maior ou menor. Alguns gatos são difÃceis de serem mantidos presos. A condição de caçador, faz com que busque ratos, morcegos ou outros animais silvestres, transmissores de doenças, como a raiva. Os morcegos frugÃvoros não transmitem raiva, mas podem contê-los. Um morcego caçado poderá expor o gato ao vÃrus.
Animais domésticos, para quem gosta, são muito bons, mas há de ser responsável por sua guarda e manutenção. Alimentá-los, respeitá-los, tratá-los com dignidade, não os abandonar, são ações que se espera de todo humano que traga um animal para a sua casa.
Se ainda tiver dúvidas, encaminhe sua dúvida para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail cim@unisantos.br ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.