Um mutirão de combate ao mosquito Aedes aegypti é realizado nesta sexta-feira (5) em Santos. A ação reúne cerca de 100 profissionais, estaduais, municipais e também do Exército. A ação faz parte da campanha “Todos juntos Contra o Aedes Aegypti”, lançada pelo Governo do Estado e contou com a presença do secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Davi Uip.
O ponto de partida dessa ação foi na Praça Olímpio Lima, no Marapé, onde o secretário, Davi Uip explicou o motivo da visita a Cidada “é um gesto simbólico que reflete a importância do momento. A união entre Estado, prefeituras e, fundamentalmente, com o envolvimento da população. Estamos conclamando a sociedade a se juntar a nós numa grande iniciativa para confrontar uma história que é muito difícil”.
A falta de medicamentos específicos para o tratamento do vírus, assim como a inexistência de vacinas efetivas, segundo o secretário, aumenta a importância de ações como a de hoje, a fim de diminuir a prevalência de casos. O mosquito é carregador de 4 doenças; a febre amarela, dengue, chikunguya e zika vírus.
O desenvolvimento de vacinas para a dengue e zika vírus foi outro ponto abordado. De acordo com o secretário, no dia 22 de fevereiro será iniciada a fase 3 do Instituto Butantan para a vacina para dengue. A vacina será dose única, e é esperado atingir os 4 sorotipos da doença.
Nessa fase o teste será feito em 17 mil voluntários, sendo que dois terços recebem a vacina e um terço o placebo. Serão 12 centros do país que realizarão o teste. Mas não há prazo para a finalização da pesquisa. Porém, o secretário afirmou que pretende iniciar a produção em escala comercial. Todo o processo está estimado em 300 milhões de reais.
Para o zika vírus, foi informado que o Instituto Butantan e o Laboratório Público dos Estados Unidos estão pensando em uma vacina. Uma das possibilidades, segundo o secretário, é envelopar o vírus “o zika vírus parece que tem um sorotipo, e a ideia é juntar com a da dengue, tornando uma vacina penta valente”, com os quatro sorotipos da dengue mais o do zika vírus.
Foto:(Divulgação)
Casos
No Estado de São Paulo foram registrados 126 casos de microcefalia, sendo que 21 estão correlacionados com o zika vírus. A constatação da relação ocorre por meio de uma investigação com a mulher grávida, a fim de saber se sentiu sintomas característicos, como vermelhidão pelo corpo, febre e mal estar. O Estado totaliza 113 casos de Chikungunya, 39 de zika vírus.