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1º de abril, Dia da Mentira. Cuidado com as contadas em sala de aula

Mais uma vez, vamos falar sobre inverdades relacionadas à estrutura ou ao uso da língua e hoje o tema é REDAÇÃO. É mentira esta história de que não se pode usar a primeira pessoa (eu, nós, nosso etc.) em um texto dissertativo. Se bem empregada, trata-se da valorização da marca de autoria, e não implica necessariamente um traço excessivo de subjetividade. Simplificando, não é incorreto começar sua redação com:

  1. “PERCEBEMOS que o Brasil vem repetindo problemas sociais já considerados superados. A inflação no país ultrapassou o índice de…”;
  2. “ACREDITO que, se usada adequadamente, a internet pode se tornar uma importante aliada à educação em NOSSO país. Pesquisas mostram que…”

Então, qual a razão da polêmica? O problema é argumentar com base em exemplos particulares da vida do autor:

  1. “O Brasil vem repetindo problemas sociais já considerados superados. O preço do feijão no meu bairro e no bairro da minha irmã…”
  2. “Se usada adequadamente, a internet pode ser considerada uma importante aliada à educação. Eu, por exemplo, só acesso a rede mundial de computadores para…”

Resumindo, usar a primeira pessoa para expressar sua opinião não é obrigatório, mas muito é tão adequado quanto o uso da terceira pessoa. A preocupação são os argumentos. Estes não deve partir de si mesmo, pois quebra a legitimidade na persuasão do seu interlocutor.

A princípio, em princípio ou por princípio? Na próxima coluna traremos essa dica. Fique ligado. Até a próxima.