A Polícia de São Paulo pediu a apreensão de um terceiro jovem, de 17 anos, suspeito de ter participado do planejamento do massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano.

Segundo as investigações, o terceiro rapaz participou de encontros com os dois autores dos crimes em um estacionamento a duas quadras do colégio.

Esse suspeito também é ex-aluno do colégio e estudou com Guilherme Taucci. Ele já foi ouvido pela Polícia e a apreensão depende da decisão da Justiça.

De acordo com as informações divulgadas pela Polícia Civil, o crime estava sendo planejado ao menos desde novembro de 2017 e as conversas entre os comparsas aconteciam principalmente de forma presencial, que que eles moravam um próximo do outro.

Os jovens pagaram R$ 300 para usar o estacionamento por 15 dias. O prazo venceu no dia 7 deste mês, última vez em que estiveram no local. O carro era o mesmo usado no dia do ataque à escola, um Chevrolet Onyx branco.

O proprietário do estacionamento, que entregou os registros de entrada e saída dos rapazes à polícia, disse que eles não fizeram nada que levantasse suspeita e, inclusive, conhecia Guilherme, já que ele costumava deixar carros da locadora do tio — que também foi assassinado no massacre — no local.

A Polícia ainda realiza perícia nos equipamentos apreendidos para apurar a suspeita de que fóruns da deep web incitaram a tragédia.

Enterro – Sob chuva na tarde e no início da noite de ontem (14), amigos e familiares acompanharam o enterro dos corpos das vítimas do massacre, no Cemitério Municipal São Sebastião.

O primeiro a ser sepultado foi o corpo do aluno Samuel Melquiades, às 16 horas. Sob aplausos os pais de despediram do filho de 16 anos.

Na sequência foram enterrados os corpos dos alunos Kaio Lucas da Costa Limeira e Caio Oliveira. Eles também foram aplaudidos por amigos e familiares que acompanhavam o sepultamento.

O quarto corpo enterrado foi o da inspetora Eliana Regina de Oliveira Xavier, 38 anos, que trabalhava desde 2016 na escola.

O quinto e último corpo, de Cleiton Antônio Ribeiro, 17, chegou ao cemitério no início da noite desta quinta (14), com atraso, pois a família esperava um parente que mora na Bahia.