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Região / Cotidiano

Terceirizados da refinaria de Cubatão seguem paralisação por atrasados

Da Redação

Atualizado às 11h22

Em assembleia na manhã desta terça-feira (11), os operários da empreiteira G&E Engenharia aprovaram a continuação da greve na refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC), iniciada na segunda (10).

Poucos trabalhadores participaram da assembleia porque a empresa, já sabendo que eles manteriam a paralisação, nem mandou as vans que os levam de casa ao trabalho e vice-versa.

Estão em greve os 90 profissionais da ‘parada’ de manutenção da refinaria. No início dos serviços, em fevereiro, foram utilizados 800 trabalhadores, dispensados conforma a finalização das tarefas.

Eles paralisaram as atividades por causa dos salários atrasados de abril, que deveriam ter sido pagos até sexta-feira (7), quinto dia útil de maio, e também do vale-alimentação (va).

Segundo o sindicato dos trabalhadores na construção civil, montagem e manutenção industrial (Sintracomos), a empreiteira deve também verbas rescisórias e vale-alimentação atrasados a 100 demitidos em 14 de abril.

O vice-presidente e o diretor de segurança, higiene e medicina do trabalho da entidade, Ramilson Manoel Elói e Almir Marinho Costa, estiveram no portão 10 da refinaria da Petrobrás na segunda e terça-feira.

Nesta quarta (12), a partir das 7 horas, eles estarão no mesmo local, na rodovia Cônego Domênico Rangoni, altura do viaduto da Vila Elisabete, onde farão nova assembleia dos trabalhadores ativos e dos demitidos.

A assembleia será às 8 horas, quando os operários dirão se foram depositados os salários e as rescisões em suas contas bancárias na tarde de hoje (terça-feira).

“Se os salários não forem pagosâ€, adverte o sindicalista, “a paralisação continuará até que isso aconteçaâ€. Sobre as verbas rescisórias, Ramilson também espera que sejam pagas.

Ele recorda que, em meados de 2020, os trabalhadores da mesma empreiteira, em atividade na empresa cimenteira Intercement, no pátio da Cesari Multimodal, paralisaram as atividades em solidariedade a demitidos.

“As circunstâncias são as mesmas, agora, e pode ser que o movimento solidário se repitaâ€, diz o dirigente. Os demitidos têm direito também ao fundo de garantia (fgts) e multa por atraso da rescisória.

Segundo Almir, a multa é prevista no artigo 477 da consolidação das leis do trabalho (clt). O Sindipetro (sindicato dos petroleiros da Petrobras) é solidário à luta do Sintracomos.

Crédito da foto: Divulgação