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Região / Economia

Indústria de eventos pede apoio e incentivos

Por Antonio Marques Fidalgo

Da Revista Mais Santos

“O setor de eventos foi o mais pre – j u d i c a d o em toda a cadeia produtiva do Brasil; 97% das atividades relacionadas fica – ram sem produzir, apesar do setor ser responsável por 4,32% do PIB nacionalâ€.

O comentário – em tom de desabafo – é do empresário Fernando Silva, diretor da Atrium Eventos, que há 28 anos atua no planejamento, produção e realização de eventos, diante dos efeitos de quase um ano de pandemia da Covid-19. A situação praticamente paralisou a chamada “indústria de eventos†diante das rígidas regras impostas pelas autoridades. Fernando cobra mais sensibilidade do Governo do Estado, que “não está dando nenhum apoio ao setorâ€, enquanto milhares de negócios foram fechados pela falta da realização de eventos.

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A ajuda que as empresas tiveram foi através do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, instituído em maio do ano passado), onde aquelas regularmente constituídas conseguiram empréstimo. Um sopro que as ajudou a continuar operando até o momento. Passado tanto tempo em quarentena, Fernando acredita que, resguardados os protocolos de segurança com a rigidez imposta (e até necessária), o setor já poderia ter retornado, ainda que de forma mais branda.

“Todos os tipos de eventos podem ser feitos com segurança; claro que, em primeiro lugar, obedecendo os protocolos estabelecidos pelas autoridadesâ€, diz o empresário.

Envolvimento

Acostumado a organizar megafestas, como o Baile Oficial da Cidade de Santos, por exemplo – e suspenso este ano – Fernando considera que eventos de médio porte trariam alento para muitos trabalhadores, em diversos setores. “Para uma festa de 200 convidados, por exemplo, temos o envolvimento em média de 100 profissionais durante o período de montagem, evento em si e desmontagem, sem contar com os outros setores que se beneficiam como gráficas, salões de beleza, lojas de roupas, transporte, agências de turismo etcâ€.

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Mas, Fernando Silva ressalva: “O ideal é que na concepção dos eventos sejam contratadas empresas experientes, que vão se preocupar com a saúde de todos os fornecedores e convidados. A empresa será a fiscalizadora de todo o processo de montagem e condução do evento. Alguns hábitos deverão ser alterados no início, mas nada que interfira no sucesso esperadoâ€, pondera.

O empresário diz que um fator muito importante é o apoio dos convidados ao cumprimento das medidas de distanciamento, uso de máscaras e higienização das mãos. “Estão sendo providenciados sinalização de boas-vindas com as regras, funcionários medindo a temperatura e fornecendo álcool em gel, que deverá estar presente em todos os aparadores, balcões e mesas dos convidadosâ€.

Futuro incerto

Ainda em 2020, muitos contratos agendados foram transferidos para este ano, mas o atraso na vacinação fez com que o calendário ficasse aberto, ate segunda ordem. O empresário relembra que no ano passado poucos trabalhos foram realizados, quase todos de pequeno porte. Eventos corporativos foram cancelados. Fernando é bastante crítico em relação ao futuro breve para o setor. As regras anunciadas são impeditivas.

“Enquanto a política do Governo do Estado não mudar, não vemos futuro para os eventos. Foram criados critérios onde temos que montar tudo, fazer a festa e desmontá-la em um período de 10 horas. E mais: as festas não poderiam acabar depois das 22h. Ou seja: quem criou essas regras não entende de eventos, pois quanto mais tempo temos para montar e desmontar muito menos problemas teremos. E acabar uma festa às 22h? Nem festa infantil obedece esse horárioâ€.

E resume: “Eles não querem que façamos nosso trabalhoâ€.

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