O motorista Ruan Malavazi Gois, 32 anos, será solto. O benefÃcio foi concedido pela Justiça de São Vicente que determinou medidas cautelares como o uso da tornozeleira eletrônica, estar proibido de sair da cidade, frequentar locais que servem bebidas alcoólicas e obter Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Ruan atropelou e matou a soldado PM Bruna Magalhães Jurasky, de 36 anos. Horas antes ele chegou a publicar um vÃdeo em suas redes sociais consumindo bebida alcoólica. Ele não tem habilitação e o acidente foi provocado porque o motorista invadir a pista na contramão na altura do km 286, atingindo a moto da soldado. Ruan foi detido por embriaguez ao volante e homicÃdio culposo [quando não há intenção de matar]. Ele foi levado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) da cidade.
O advogado Fabio Hypolitto, responsável pela defesa de Ruan, pediu a mudança da medida cautelar com a justificativa de que o caso foi registrado como homicÃdio culposo e a prisão preventiva não deve ser aplicada quando o acusado não teve a intenção de matar.
A decisão da 2ª Vara Criminal da cidade acatou a solicitação da defesa. O alvará de soltura foi expedido no sábado (7) e enviado para a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) libertar Ruan.
Ao ser preso Ruan confirmou não ser habilitado, mas disse que prestou todo o socorro à vÃtima e não estava alcoolizado. No entanto, conforme relatado no registro policial, não foi isso que aconteceu, já que não foi ele quem acionou 190 para informar sobre o acidente.
Bruna atuava na 4ª Cia do 21° Batalhão de PolÃcia Militar do Interior e estava de folga naquele dia, mas decidiu fazer jornada extra. Depois da colisão frontal, a vÃtima foi socorrida ao Pronto-socorro de Cubatão, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O velório e sepultamento de Bruna foram realizados em 18 de setembro.