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Santos / Polícia

Homem é preso após matar vizinho em Santos

Acusado de matar um vizinho com cerca de 20 facadas, Anderson Alencar dos Santos, de 40 anos, foi capturado por policiais do 4º DP de Santos e teve a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça.

Conhecido por Jonas, Anderson tem passagens por furto e tráfico de drogas. A sua prisão ocorreu na segunda-feira à tarde (12), enquanto o homicídio foi cometido na madrugada de sábado (10), no prédio da Rua Braz Cubas, 239, na Vila Nova.

Construído na década de 20 e com 76 quartos, o edifício já abrigou o Hotel Japonês e foi um dos primeiros da Cidade a dispor de elevadores. Porém, encontra-se há anos em precárias condições de conservação, servindo de moradia a famílias carentes.

Os policiais da equipe do delegado Luiz Henrique Ribeiro Artacho e do investigador Adriano Jorge de Mattos apuraram que o assassinato teve início dentro do antigo hotel, terminando na esquina da Rua João Éboli com a Avenida Senador Feijó, onde a vítima caiu gravemente ferida.

O ajudante de eletricista Luiz Fernando Modesto, de 40 anos, foi removido à Santa Casa de Santos, onde morreu no sábado à noite.

Após o crime, segundo moradores do antigo hotel, Jonas fugiu junto com a mulher e o cachorro da raça labrador pertencente ao casal.

“O casal seria usuário de crack e passamos a percorrer locais frequentados por usuários desse tipo de droga até encontrá-lo próximo ao Túnel Rubens Ferreira Martins”, informou Adriano de Mattos.

Indagado sobre a arma do crime, Jonas levou os investigadores até o gramado próximo ao Elevado Aristides Bastos Machado, local frequentado por viciados em crack.

“A faca estava fincada na terra, ao lado de uma árvore, e na lâmina ainda havia uma mancha de sangue”, disse o investigador Mattos.

Versões

Embora tenha admitido ter matado o vizinho, Jonas contou versão diferente da relatada pela mulher da vítima. Segundo a companheira de Luiz Fernando, ele foi assassinado durante discussão com o autor confesso do homicídio por repreendê-lo pelo consumo de crack nas dependências do hotel, inclusive na frente de crianças.

Jonas alegou que agiu em “legítima defesa”. Disse que, por causa do seu cachorro, se desentendeu com a vítima. Na briga, ainda conforme o acusado, Luiz Fernando o agrediu com um cabo de vassoura, motivando-o a reagir com a faca.

Uma moradora do antigo hotel depôs como testemunha. Segundo ela, Jonas e a sua mulher eram malvistos pelos demais habitantes do local, pois não respeitavam ninguém.

A testemunha também acusou a mulher de Jonas de incentivá-lo a esfaquear o ajudante de eletricista. Até a conclusão do inquérito policial, Artacho pedirá à Justiça a prisão preventiva de Jonas e investigará a eventual participação da companheira do acusado no assassinato.

Fonte: A Tribuna