Kaique da Silva Coutinho, conhecido como “Chip”, é apontado como autor dos disparos
Foto: Reprodução
Da redação
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo irá pagar R$ 50 mil por informações que ajudem a localizar Kaique Coutinho do Nascimento, de 21 anos. Conhecido como “Chip”, ele é apontado como assassino do soldado Cosmo, morto na última sexta-feira (2), durante a Operação Verão.
O anúncio oficial da recompensa foi feito na tarde desta quinta-feira (8), durante entrevista coletiva no gabinete da pasta, montado em Santos, em que foi revelada a identidade do autor.
A resolução que estabelece a recompensa de R$ 50 mil foi assinada pelo secretário Derrite.
O soldado morreu após ser baleado no rosto enquanto averiguava uma denúncia de tráfico de drogas no Jardim São Manuel, em Santos. A câmera corporal usada por ele durante a ocorrência gravou o exato momento em que foi surpreendido pelo autor do disparo. O homem sai de um imóvel, atira e foge logo em seguida.
Após investigações, a polícia conseguiu identificar o homem que aparece nas imagens e já obteve mandado de prisão temporária concedido pela Justiça. Qualquer informação útil sobre o paradeiro do autor pode ser compartilhada por meio do Programa de Recompensa. Caso a informação tenha efetivamente ajudado a prender o homem, o denunciante recebe uma recompensa de R$ 50 mil.
Como fazer a denúncia?
Instituto pelo decreto 46.505, de 21 de janeiro de 2022, o programa existe para estimular a população a contribuir com a polícia, compartilhando informações úteis que possam ajudar a localizar criminosos. Qualquer cidadão com detalhes sobre a identidade ou a localização de algum procurado, pode fazer a denúncia de forma anônima, ou seja, todo o processo garante a preservação da identidade do denunciante.
Para fazer a denúncia, são disponibilizados dois meios. O primeiro deles é por telefone, pelo número 181. O denunciante será atendido por um telefonista e poderá fornecer tudo o que sabe para que a denúncia seja registrada sem que a pessoa precise se identificar.
A outra forma é pela página do WebDenuncia. Basta entrar na página do WebDenuncia, por meio do link https://www.webdenuncia.org.br/cidadao/denuncie, clicar em denunciar e seguir o passo a passo. Ao final, o denunciante recebe um número de protocolo para acompanhar o andamento da sua denúncia. As informações são verificadas por uma equipe e, caso seja comprovado que elas ajudaram na resolução do caso, a pessoa que as forneceu é comunicada.
Para receber a recompensa, a tela do WebDenuncia mostrará um número de cartão bancário virtual, que permitirá saques do valor em qualquer caixa eletrônico do Banco do Brasil, sem que haja a necessidade de identificação. A retirada pode ser feita de uma vez ou aos poucos, como um cartão bancário comum.
Operação Verão

Foto: Divulgação / Polícia Militar (PM)
A terceira fase da operação recebe o acréscimo de mais de 400 policiais que estão atuando na Baixada Santista para combater o crime organizado. A ação foi desencadeada após a morte do cabo José Silveira dos Santos, morto por criminosos na quarta-feira (8).
A Polícia Civil, por meio dos departamentos que estão instalados no litoral paulista, está fornecendo informações de inteligência para que as tropas em campo possam atuar seguindo as prioridades e a complexidade da região. Tropas especializadas de outras partes do Estado também foram empenhadas no litoral.
Transferência de gabinete

Foto: Secretária de Segurança Pública (SSP)
Após a morte do cabo da Polícia Militar (PM), José Silveira dos Santos, do 2⁰ Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP), nesta quarta-feira (7), o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, anunciou a transferência temporária do gabinete dele para Santos.
O secretário e os chefes das forças de segurança, Coronel PM Cássio Araújo de Freitas, e o delegado-geral, Artur Dian, permanecerão na Baixada Santista acompanhando as ações de combate à criminalidade e as buscas pelos suspeitos de envolvimento nas mortes de dois policiais militares que atuavam na Operação Verão.
Operação Escudo

Foto: Reprodução
A ação policial foi retomada no dia 26 de janeiro, após a morte do soldado da Polícia Militar (PM), Marcelo Augusto da Silva, de 28 anos. O agente era de São Paulo, do 38º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, mas trabalhava em Praia Grande, na Operação Verão. Ele foi morto quando voltava para casa. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), policiais militares rodoviários foram acionados para atender a ocorrência e encontraram a vítima ferida, ao lado de uma motocicleta. O resgate esteve no local e constatou o óbito.
No fim da tarde da última sexta-feira (2), o soldado da Polícia Militar (PM), Samuel Wesley Cosmo, foi morto na Avenida Brigadeiro Faria Lima, no bairro Bom Retiro, na Zona Noroeste.
Segundo a SSP, Cosmo foi atingido no olho, socorrido e levado à Santa Casa de Santos, onde passou por cirurgia, mas não resistiu. Após o ocorrido, a Operação Escudo teve reforço, para localizar e prender os envolvidos na morte dele.
Nesta quarta-feira (7), o cabo José Silveira dos Santos, foi baleado na lateral do abdômen e não resistiu. O caso ocorreu em um prédio, na Rua João Carlos de Azevedo, no bairro Jardim São Manoel. Ele e outro agente faziam patrulhamento, quando foram atingidos. Um criminoso também foi baleado e outro pulou de um prédio para escapar e morreu.

Foto: Reprodução
A primeira Operação Escudo aconteceu no ano passado, após a morte do Soldado da Rota, Patrick Bastos Reis. A ação policial durou 40 dias e teve o objetivo de sufocar o tráfico de drogas e combater o crime organizado. Ao todo, 805 pessoas foram presas, sendo 311 foragidas da Justiça.
Também foram apreendidas 96 armas, entre pistolas e fuzis, e 939,3 kg de drogas. 28 pessoas foram mortas.