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Santos / Saúde

Clínica-Escola do Autista de Santos contará com cães para ajudar em tratamentos

O projeto-piloto começou em agosto do ano passado, no Grupo de Avaliação Diagnóstica e Intervenção (Gadi), que atende pacientes com os três níveis de transtorno do espectro autista (TEA): 1 (leve), 2 (moderado) e 3 (grave).

 

Foto: Isabela Carrari / Prefeitura de Santos

Da redação

Psicólogos e coordenadores da Clínica-Escola do Autista de Santos (Marapé) receberam, na tarde dessa quarta-feira (28), uma visita especial dos cães do canil da Guarda Civil Municipal (GCM), juntamente à equipe da segurança pública, para discutir projetos futuros em prol do tratamento de pacientes.

Houve a aproximação dos técnicos, terapeutas e profissionais da GCM que vão aplicar os treinos corretos para os cachorros interagirem com as crianças e ajudarem na assistência realizada no local. Dessa forma, os psicólogos da unidade pensarão nos pacientes mais elegíveis para a prática. A iniciativa faz parte do projeto de Cinoterapia, ou Terapia Facilitada por Cães, atividade que usa o cão como facilitador no processo terapêutico.

De acordo com a Prefeitura de Santos, a prática contribui para o desenvolvimento motor, equilíbrio, fala, além de fazer com que a criança, cada vez mais, se sinta segura e possibilitada a demonstrar emoções. Para a missão, a equipe da GCM conta com uma turma especial composta por Ozzy (border collie), Hórus (pastor belga malinois) e o carismático Luke (goldendoodle), a mascote da turma.

O projeto-piloto começou em agosto do ano passado, no Grupo de Avaliação Diagnóstica e Intervenção (Gadi), que atende pacientes com os três níveis de transtorno do espectro autista (TEA): 1 (leve), 2 (moderado) e 3 (grave). A clínica, focada no atendimento interdisciplinar de crianças, jovens e adultos, proporciona brincadeiras e atividades para desenvolvimento da autonomia dos atendidos, juntamente aos cães.

Durante a reunião, a equipe da GCM exibiu depoimentos em vídeo de mães de pacientes de outras unidades que, com toda a emoção, falaram sobre a importância da cinoterapia na vida dos filhos em tratamento. Em um dos vídeos, inclusive, uma das mães comenta sobre a dificuldade do pequeno em escovar os próprios dentes e que, graças aos cãezinhos e profissionais, o filho finalmente está realizando a prática sozinho. Como? Pelo simples ato de escovar os dentes do Hórus durante os encontros.

Os psicólogos da unidade também puderam tirar dúvidas sobre as apresentações dos animais e como as crianças de outras clínicas eram estimuladas a interagir com eles. Para a coordenadora da Escola de Família, Luciana Macedo, a prática será bem-vinda ao tratamento dos assistidos.

Ao final da conversa e das dúvidas tiradas, os psicólogos e coordenadores receberam os cheiros e afagos dos cães e puderam presenciar técnicas de adestramento e truques que os animais aprenderam durante o tempo no canil.