A recente divulgação de resultados de uma pesquisa sobre a contaminação por cocaína e outras substâncias medicamentosas nas águas do mar na Baixada Santista tem causado comoção. O assunto não é recente, muitos outros países têm analisado a contaminação química das águas potáveis, mesmo após todo o tratamento. Essa situação está exigindo técnicas mais sofisticadas. Mas é preciso atacar o problema de base, qual seja, o menosprezo ao meio ambiente.

O movimento ecologista sofreu progressão de ideias desde os anos de 1960, quando o assunto se tornou mais comum. Se antes a humanidade entendia que a natureza era apenas como serviçal, hoje se sabe que interação da pessoa humana com o meio que o cerca tem de ser mais amigável. E meio ambiente não significa apenas matas virgens ou devastadas, mas também a própria casa.

Aquilo que jogamos na pia ou no vaso sanitário irá repercutir em nossa saúde. Os medicamentos vencidos e descartados dessa forma irão se somar na coleta do esgoto e parte dessa água poderá ser reaproveitada ou descartada. Um comprimido por pessoa representa milhares ou milhões quando somados. O comportamento ético, de respeito ao coletivo, impedirá ações sabidamente lesivas, mesmo que no interior dos lares, no ambiente mais pessoal e individual.

A parte de teorias mais esotéricas, como a de considerar o planeta Terra como ser vivo, como a hipótese de Gaia, já é sabido que as ações humanas trazem consequências sérias à saúde do coletivo. Com isso, tem se desenvolvido propostas de vida minimalistas, com redução do consumo, de desperdício de materiais e do descarte de matérias químicas e orgânicas no meio ambiente.

Essa opção de vida, além de reduzir a agressão ao meio, faz com que haja outras melhorias, como na saúde mental. Consumir menos, pode reduzir o estresse da competição e da necessidade de posse. O consumo consciente de alimentos, com menos desperdício, irá alimentar mais pessoas por facilitar o acesso. A opção por alimentos mais saudáveis e menos processados irá exigir menos defensivos agrícolas e, portanto, menor contaminação ambiente. Dar mais importância ao produto e menor à embalagem irá reduzir a necessidade de produtos menos biodegradáveis como o plástico. Pense! Reflita! Viva melhor em um mundo mais limpo, com menos descartes, aproveitando-se a natureza.

O  Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM), do curso de Farmácia da Unisantos, está disponível para solucionar suas dúvidas. O contato pode ser pelo e-mail cim@unisantos.br