Da Redação

Teste positivo que Luciano Lourenço realizou durante sua internação em um hospital de Santos

Um morador de Santos de 52 anos testou positivo para Covid-19 pela segunda vez em um intervalo de três meses. Luciano Martins Lourenço, que é assessor parlamentar na Assembleia Legislativa, ficou doente pela primeira vez em julho.

Todos os testes que realizou foram do tipo RT-PCR, considerado o ideal pelos especialistas para diagnosticar a Covid-19, e foram feitos em laboratórios particulares de Santos. O primeiro positivo foi confirmado no dia 9 de julho.

“Eu dormi com a janela aberta e no dia seguinte tive dor de garganta e febre. Tomei medicação e depois de dois dias a febre foi embora”, relatou Lourenço. Mesmo assim, o médico prescreveu o teste, que detectou Covid-19.

No mês seguinte, o assessor seria submetido a uma cirurgia de implante capilar e, por isso, fez novamente o teste em um laboratório diferente. E o resultado deu negativo.

Há pouco mais de uma semana, porém, ele começou a sentir sintomas de gripe e febre. Mesmo reconhecendo que pode ter sido um pouco negligente no tratamento, foi ao médico. Tomou medicação por alguns dias, mas na noite de sexta-feira, dia 16, veio a dor no pulmão. No dia seguinte, o quadro se agravou rapidamente, com a dificuldade para respirar. “Não parava de tossir”.

Lourenço foi internado no mesmo dia em um hospital de Santos, onde foi submetido a outro exame de Covid-19. Dias depois de receber alta, realizou um novo teste, em outro laboratório particular. Os dois resultados deram positivo.

Prevenção
Luciano Lourenço diz que tem feito um relativo isolamento social. Sem ver as filhas há mais de uma semana e a mãe há seis meses, ele reforça os cuidados para se prevenir. “Precisamos criar o hábito de chegar em casa e passar o álcool em gel, tirar a roupa assim que vier da rua, criar esses bons hábitos. O álcool em gel e a máscara são fundamentais para quem tem que sair e pega em corrimão, se apoia no muro, cumprimenta as pessoas… Tem que ter muito critério”.

Ele também admitiu uma certa preocupação vendo cada vez mais pessoas nas ruas. “Se não tiver um regramento nessa questão de evitar o contágio, com certeza o número de casos vai ser bem elevado. Estamos voltando a níveis semelhantes de convívio social de antes da pandemia. Então, se prevenir é bom para você, é bom para a família, para os seus amigos e para as pessoas que você ama. Essa história de que quem pegou está imune não está confirmada. Tanto é que eu estou aqui”.

Foi o mesmo vírus?
A Secretaria de Saúde de Santos informou em nota que não foi notificada do teste feito em julho, mas tomou conhecimento do resultado do último sábado. Nesse caso, segundo o órgão da Administração Municipal, o Departamento de Vigilância em Saúde irá solicitar ao laboratório informações sobre o exame realizado em julho e verificar se as amostras coletadas estão preservadas. Se sim, elas serão encaminhadas para o Grupo de Vigilância Epidemiológica do Governo do Estado. Lá será realizado o sequenciamento genético e identificada a linhagem do coronavírus. Só assim será possível confirmar se houve uma reinfecção por meio de um novo vírus ou se aquele que o infectou em julho ainda estava no organismo do homem e agiu mais uma vez.