Um bonde biarticulado da década de 30 ganhará um novo conceito. Ele deve sair da oficina do Valongo pronto para integrar a frota de bondes santistas, porém oferecendo almoço diário aos seus 37 passageiros.
O Bonde Restaurante como foi apelidado, será climatizado e embalado por música, ainda não se sabe se ao vivo ou por caixas de som. Mas toda essa ideia foi inspirada de um modelo parecido em Turin, onde circulava o “Ristocolorâ€, o restaurante colorido.
Sistemas similares, de servir comida e circular, hoje também existem na SuÃça, Espanha e Austrália. Neste último paÃs, o preço de um jantar romântico com uma hora de percurso, incluindo a parada para a refeição principal, é de US$ 80. Em Santos, cardápio e preços ainda não foram definidos.Â
Sistemas
Para a cozinha funcionar, a água virá de um reservatório especÃfico debaixo do trem. Assim, será finita. Por isso, a comida não será preparada dentro do bonde. A pia será utilizada para lavar as mãos ou algum alimento que, porventura, necessite. Para isso, um reservatório separado também recolherá o esgoto, para ser esvaziado no fim da viagem.
O motivo do frigobar naval – e não convencional como o de outras cozinhas – é a energia utilizada. Para que forno, fogão e geladeiras funcionem bem, um equipamento para adaptar a energia elétrica ficará no teto, do lado de fora.
Bonde Sushi
Outro bonde gastronômico da Cidade é o Bonde Sushi. Vindo de Nagasaki, no Japão, ele funcionava por lá até um ano e meio atrás, no transporte comum de passageiros. Está em perfeitas condições e seu design foi mantido. Mas precisa ser adaptado aos trilhos brasileiros.Â
Além disso, a proposta é não apenas levar passageiros, mas servir comida japonesa. Como o tipo é muito perecÃvel, a forma de servir e o cardápio ainda estão em estudo. Mas o veÃculo deve ser entregue este ano. O custo da reforma e da restauração está estimado em R$ 1 milhão, para os dois bondes: Restaurante e Sushi.Â