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Região / Cotidiano

São Vicente cancela o Carnaval por conta da violência

O anúncio foi feito na sexta-feira (9), por meio do Boletim Oficial do Município.

 

Foto: Reprodução

Da redação

Considerando os últimos acontecimentos na Baixada Santista, com a Operação Escudo, que já deixou 15 mortos, a Prefeitura de São Vicente decidiu cancelar o Carnaval na cidade. O anúncio foi feito na sexta-feira (9), por meio do Boletim Oficial do Município.

Segundo a administração municipal, a ideia é preservar a segurança dos foliões e organizadores de bandas carnavalescas.

Operação Verão

Foto: Divulgação / Polícia Militar (PM)

A terceira fase da operação recebe o acréscimo de mais de 400 policiais que estão atuando na Baixada Santista para combater o crime organizado. A ação foi desencadeada após a morte do cabo José Silveira dos Santos, morto por criminosos na quarta-feira (8).

A Polícia Civil, por meio dos departamentos que estão instalados no litoral paulista, está fornecendo informações de inteligência para que as tropas em campo possam atuar seguindo as prioridades e a complexidade da região. Tropas especializadas de outras partes do Estado também foram empenhadas no litoral.

Suspeito procurado

Foto: Secretária de Segurança Pública (SSP)

A SSP publicou a resolução que prevê o pagamento de uma recompensa de R$ 50 mil por informações que ajudem a prender Kaique Coutinho do Nascimento, de 21 anos, apontado como autor do tiro que matou o soldado Samuel Wesley Cosmo, da Rota, na sexta-feira (2), durante a Operação Verão, em Santos.

O suspeito foi identificado durante as investigações da Polícia Civil, que representou pela prisão temporária, aceita pela justiça. Os policiais continuam as buscas na tentativa de localizá-lo. As denúncias podem ser feitas pelo portal do Web Denúncia e pelo telefone 181.

Transferência de gabinete

Foto: Secretária de Segurança Pública (SSP)

Após a morte do cabo da Polícia Militar (PM), José Silveira dos Santos, do 2⁰ Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP), nesta quarta-feira (7), o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, anunciou a transferência temporária do gabinete dele para Santos.

O secretário e os chefes das forças de segurança, Coronel PM Cássio Araújo de Freitas, e o delegado-geral, Artur Dian, permanecerão na Baixada Santista acompanhando as ações de combate à criminalidade e as buscas pelos suspeitos de envolvimento nas mortes de dois policiais militares que atuavam na Operação Verão.

Operação Escudo

Foto: Reprodução

A ação policial foi retomada no dia 26 de janeiro, após a morte do soldado da Polícia Militar (PM), Marcelo Augusto da Silva, de 28 anos. O agente era de São Paulo, do 38º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, mas trabalhava em Praia Grande, na Operação Verão. Ele foi morto quando voltava para casa. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), policiais militares rodoviários foram acionados para atender a ocorrência e encontraram a vítima ferida, ao lado de uma motocicleta. O resgate esteve no local e constatou o óbito.

No fim da tarde da última sexta-feira (2), o soldado da Polícia Militar (PM), Samuel Wesley Cosmo, foi morto na Avenida Brigadeiro Faria Lima, no bairro Bom Retiro, na Zona Noroeste.

Segundo a SSP, Cosmo foi atingido no olho, socorrido e levado à Santa Casa de Santos, onde passou por cirurgia, mas não resistiu. Após o ocorrido, a Operação Escudo teve reforço, para localizar e prender os envolvidos na morte dele.

Nesta quarta-feira (7), o cabo José Silveira dos Santos, foi baleado na lateral do abdômen e não resistiu. O caso ocorreu em um prédio, na Rua João Carlos de Azevedo, no bairro Jardim São Manoel. Ele e outro agente faziam patrulhamento, quando foram atingidos. Um criminoso também foi baleado e outro pulou de um prédio para escapar e morreu.

Foto: Reprodução

A primeira Operação Escudo aconteceu no ano passado, após a morte do Soldado da Rota, Patrick Bastos Reis. A ação policial durou 40 dias e teve o objetivo de sufocar o tráfico de drogas e combater o crime organizado. Ao todo, 805 pessoas foram presas, sendo 311 foragidas da Justiça.

Também foram apreendidas 96 armas, entre pistolas e fuzis, e 939,3 kg de drogas. 28 pessoas foram mortas.