Comer é bom demais né? Hoje em dia, há uma infinidade de lugares e gastronomia disponÃveis. Dizem que comida é afeto e amor, por isso, muitos comerciantes tinham o sonho de ser dono de um bar ou restaurante ou por acasos da vida, foram pro setor. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel Núcleo Baixada Santista), desde abril, acolhe os empresários do ramo de alimentação fora do lar e promove debates sobre questões importantes como: geração de empregos, equilÃbrio financeiro, taxas de serviço mais atraentes, entre outras demandas.
Nesta terça-feira (16), todas estas pessoas que tocam estes negócios tem um dia pra chamar de seu, o Dia do Comerciante, celebrado em homenagem ao nascimento do Visconde de Cairu, considerado patrono do comércio.
O casal Bruno Felipe Joaquim Souto e Gabriela Marin teve que se reinventar. Ambos trabalhavam no setor de logÃstica e moravam no Rio de Janeiro. Em 2018, perderam o emprego e voltaram pra Santos. Dai, resolveram investir no ramo gastronômico e abriram o Naus, um restaurante com cozinha contemporânea na rua gastronômica, a Tolentino Filgueiras, Mas, logo veio outra dificuldade, a pandemia.
O restaurante que antes só servia jantar, passou a oferecer almoço pelo delivery. “A experiência deu super certo hoje abrimos nos dois perÃodos e também temos mais 4 negócios no setor com comida italiana, churrascaria brasileira, saladas e hamburgueres. Temos um mix de sentimentos diários pois existe falta de mão de obra e não podemos ser apenas mais um”, pontua Bruno.
Quem também tem esta ideia de não ser apenas mais um no mercado é a nutricionista Patricia Ferreira Borges Xavier, de 30 anos. Ela passou de funcionária a patroa. Trabalhava em Ribeirão Preto como nutricionista numa franquia de poke havaiano, até que conversou com a mãe e resolveu arriscar pra abrir a dela. Juntas viram que Santos poderia ser um mercado e se mudaram pra cá. Hoje, o Mana Poke é um negocio totalmente familiar.
“Os maiores desafios estando do outro lado é manter a loja ativa, fazer a gestão de pessoas, e equilÃbrio financeiro já que os custos sempre são variáveis. Ser comerciante pra mim é motivo de orgulho, é uma área que me identifico e gosto muito”, diz PatrÃcia.
FamÃlia de comerciantes
Mas, há quem tenha este tino pros negócios desde sempre. Ser comerciante está no DNA da famÃlia do Lucas Marques, de 34 anos. Há três décadas, o negócio da famÃlia começou de forma bem artesanal na cozinha do apartamento da avó Ana Maria e do pai dele André Pereira. Com o tempo foi ampliando e hoje, a Massas Santista tem dois pontos comerciais em Santos. De lá pra cá, hoje quem toca os negócios são os pais do Lucas junto com ele, tudo em nome do amor pela culinária.
“Temos dificuldade em encontrar pessoas que nos ajudem a fazer o trabalho prosperar, por isso, fazemos várias funções e literalmente colocamos a mão na massa. Ser comerciante é cansativo, mas gratificante, quando você vê que seu negócio já dura anos, passando por gerações e agradando famÃlias é muito bom. Temos clientes de décadas que também passam a confiança de pais pra filhos”, diz Lucas.
Associação acolhe o setor
Um dos diretores da Abrasel Núcleo Baixada Santista, Guilherme Karaoglan, de 33 anos, não se vê fazendo outra coisa. Ele fez faculdade de gastronomia e há 13 anos é CEO do Grupo Seu Miyagi Sushi. Ele conta que principalmente pra quem está começando os primeiros anos são os mais desafiadores e manter o padrão, além de ter mão de obra qualificada não é fácil.
“Ser comerciante é sempre ter o sentimento de incertezas, momentos de altos e baixos. Mas hoje, além do material humano, contamos com a tecnologia para otimizar os processos, aumentar o controle e adquirir mais conhecimento. É desafiador, mas tem a recompensa. Além disso, enquanto Associação também queremos ajudar as pessoas que estão começando ou querem se manter ativas”, conlui Guilherme.
Seja novo ou antigo, ser comerciante é ser persistente, e é isso que cada eles buscam para continuar agradando os clientes e prosperando cada vez mais.