Da Redação
Uma enfermeira que trabalha na UTI do Hospital Emilio Ribas, em São Paulo, foi a primeira brasileira a ser vacinada contra a Covid-19 em território nacional. Mônica Calazans, de 54 anos, recebeu a primeira dose da CoronaVac menos de uma hora depois da aprovação de sua utilização em caráter emergencial.
A vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan foi um dos imunizantes que tiveram seu uso emergencial aprovado no início da tarde deste domingo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O outro foi a vacina de Oxford.
A aplicação da primeira dose na enfermeira Mônica foi feita no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e foi acompanhada de perto pelo governador de São Paulo João Doria (PSDB).
Pouco antes da aprovação da Anvisa, Doria informou pelas redes sociais a determinação para que o Butantan entregue imediatamente as vacinas ao Ministério da Saúde para que sejam distribuídas “a São Paulo, Distrito Federal e todos os estados brasileiros”.
Pazuello critica
Pouco depois da vacinação da enfermeira, Doria iniciou uma entrevista coletiva. Em questão de minutos, começou outra conferência de imprensa, mas do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no Rio de Janeiro.
Em suas primeiras palavras, ele criticou o início da vacinação em São Paulo. “Poderíamos, num ato simbólico ou numa jogada de marketing, iniciar a primeira dose em uma pessoa. Mas em respeito a todos os governadores, prefeitos e a todos os brasileiros, o Ministério da Saúde não fará isso”.
Foto da capa: Reprodução/TV