A Defesa Civil de Santos soltou uma nota em que alerta sobre os riscos e a atual situação da fumaça tóxica decorrente do incêndio e reação química, provocada pelo contato de um derivado do cloro com a água da chuva, no terminal alfandegado da LocalFrio, localizado na margem esquerda do Porto de Santos.
Segundo as autoridades, o monitoramento continua e hoje, entre as 6h30 e 8h, técnicos da Defesa Civil realizaram vistoria in loco em vários pontos do Município. A medida foi tomada por conta da névoa que tomou parte da cidade durante a noite de ontem (14). Nas redes sociais, internautas relatavam um forte cheiro e alguns sintomas, como ardência nos olhos, náuseas, enjoo, e tosse.
Nesta manhã (15), entretanto, já foi constatada a redução da névoa de fumaça nos bairros. O vento está em sentido sudoeste, situação que deve predominar no decorrer do dia, contribuindo para dispersão e afastamento da nuvem tóxica.
Ainda segundo a Defesa Civil, o odor continua em nível moderado nas imediações da estação das barcas, na Praça da República, no Centro. O controle da qualidade do ar é feito pela Cetesb, que mantém contato permanente com a instituição para atualização de informações.
A Secretaria de Saúde de Santos informou que até essa madrugada foram realizados 13 atendimentos no Ps Central e 13 atendimentos no PS da Zona Leste. Até o momento apenas um caso demanda maiores cuidados em razão de se tratar uma idosa de 72 anos com histórico de asma.
As unidades de saúde continuam de prontidão para eventuais ocorrências. O plantão de atendimento e informação da Defesa Civil é o 199 ou 3208-1015.
Guarujá
A Defesa Civil do Estado de SP informou que o fogo que atingiu contêineres no terminal portuário da empresa Local
Frio está praticamente extinto, porém, ainda há fumaça no local.
Desde a tarde desta quinta (14), quando iniciaram as explosões, a prefeita Maria Antonieta de Brito acionou o Gabinete de Gestão de Crise, composto por diversas equipes da Prefeitura, Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Exército, Cetesb e Aeronáutica.
Ainda segundo a Administração Municipal, cerca de 60 agentes estiveram durante toda a quinta monitorando a situação. Outros 80 bombeiros com 27 viaturas da Baixada Santista e Grande São Paulo atuaram no local. Cinquenta policias militares estiveram de prontidão para auxiliar caso necessário. Dez agentes da Defesa Civil do Estado, com quatro viaturas, monitoram a situação.
Por precaução, a Prefeitura orientou que os moradores das ruas compreendidas num raio de 100 metros, no quadrante entre a Avenida Santos Dumont, Avenida Alvorada, Rua Papa Paulo VI e Avenida Adriano Dias dos Santos, no Jardim Boa Esperança, saíssem de suas casas e se dirigissem para a residência de familiares ou amigos.
Três Unidades de Pronto Atendimento (UPA Boa Esperança, UPA Guarujá e UPA Enseada), envolvendo 20 profissionais médicos e enfermeiros, atenderam 66 pessoas que tiveram algum sintoma, como náusea, irritação na garganta, olhos lacrimejando ou mal-estar.