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Brasil / Cotidiano

Amigos e parentes se despedem do prefeito de SP, Bruno Covas

Da Redação e da Agência Brasil

O corpo do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi sepultado no início da noite deste domingo (16) no Cemitério do Paquetá, em Santos. O cortejo chegou à Cidade por volta das 17h30. Muitos populares estavam nas ruas saudando a chegada de Covas, nascido em Santos e torcedor do Peixe. Também houve grande movimentação nas proximidades da entrada do cemitério, que estava interditada.

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Entre os presentes à cerimônia restrita, estavam o governador João Doria e sua esposa, Bia Doria, o prefeito santista, Rogério Santos e os ex-prefeitos Paulo Alexandre Barbosa e João Paulo Tavares Papa, entre outras autoridades.

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Fotos: Guilherme Santi/Mais Santos

Bruno Covas morreu às 8h20 da manhã, após longa luta contra um câncer no sistema digestivo com metástase. No início da tarde, o corpo foi velado Hall Monumental da Prefeitura de São Paulo, no Edifício Matarazzo. A missa de corpo presente foi celebrada pelo padre Rosalvino, da Obra Social Dom Bosco. A cerimônia foi acompanhada por Ricardo Nunes e pelo governador João Doria. Uma cena emocionante foi a despedida do filho Tomás, de 15 anos.

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Foto: Afonso Braga/Fotos Públicas

Na sequência, o corpo de Bruno Covas seguiu em carro do Corpo de Bombeiros por diversas vias da Capital. Um grupo maior ficou concentrado na Avenida Paulista. Passou por pontos icônicos da cidade, como Viaduto do Chá e Rua da Consolação.

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Foto: Allan White/FotosPublicas

Por volta das 16h30, já em um carro funerário, o corpo do prefeito de São Paulo seguiu para Santos. No caminho, faixas de apoiadores e muitas manifestações de apreço pelo político, que morreu aos 41 anos.

A doença

O prefeito foi internado pela primeira vez em outubro de 2019, quando chegou ao hospital com erisipela (infecção), que evoluiu para trombose venosa profunda (coágulos) na perna direita. Os coágulos subiram para o pulmão, causando embolia.

Os exames para localizar os coágulos, detectaram o câncer na cárdia, região entre o esôfago e o estômago, com metástase no fígado e nos linfonodos. Covas passou por sessões de quimioterapia, que fizeram com que o tumor regredisse. Mas, segundo a equipe médica, não foram suficientes para vencer o câncer. Após novos exames, o prefeito iniciou o tratamento com imunoterapia.

No dia 15 de abril deste ano, Covas foi internado para exames de controle, que descobriram novos focos de câncer, recebendo alta no dia 27. No dia 2 de maio, Covas anunciou que se licenciaria do cargo por trinta dias para dar continuidade ao tratamento.

O ofício do pedido foi enviado à Câmara no dia seguinte e o afastamento foi publicado no Diário Oficial no dia 4. Assim, o cargo foi assumido interinamente pelo vice-prefeito Ricardo Nunes. No dia 3, depois de endoscopia, revelou-se um sangramento na cárdia, onde já havia o tumor original, Covas precisou ser transferido para a UTI.

No dia 10, começou uma nova fase de tratamento contra o câncer, combinando imunoterapia com terapia-alvo. Durante a internação, Covas recebeu visitas de familiares e políticos como o prefeito em exercício Ricardo Nunes, o governador João Doria e o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite. Ele também publicou uma foto ao lado do vice-governador Rodrigo Garcia.

Em 14 de maio, foi publicado boletim médico anunciando que seu quadro clínico era irreversível.

Trajetória

Bruno Covas era filho de Pedro Lopes e Renata Covas Lopes e pai do jovem Tomás Covas. Nascido em Santos, no litoral paulista, no dia 7 de abril de 1980, Bruno Covas foi advogado, economista e político brasileiro. Mudou-se para a capital paulista em 1995 e, dois anos depois, filiou-se ao PSDB, seguindo os passos do avô, o ex-governador Mário Covas (1930-2001). No partido, chegou a ser presidente estadual e nacional da juventude do PSDB e ocupou cargos na Executiva Estadual.

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Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Sua carreira na política começou em 2004, quando se candidatou a vice-prefeito da cidade natal. Dois anos depois, foi eleito deputado estadual na Assembleia Legislativa de São Paulo e reeleito para o mesmo cargo em 2010, com mais de 239 mil votos, sendo o mais votado daquele ano no estado.

No ano seguinte, assumiu como secretário estadual do Meio Ambiente no governo de Geraldo Alckmin, permanecendo no cargo até 2014, quando foi eleito deputado federal para o mandato 2015-2019.

Em 2016, candidatou-se a vice-prefeito de São Paulo na chapa de João Doria e eleito, e renunciou ao mandato de deputado federal. Dois anos depois, assumiu a prefeitura após a renúncia de João Doria, que deixou o cargo para concorrer ao governo paulista. Em sua gestão, teve que enfrentar a pandemia do novo coronavírus, que chegou a São Paulo em fevereiro de 2020.

Foto da capa: Doug Fernandes/PMS