Por Silvia Barreto e Ted Sartori
Da Revista Mais Santos
Em um mundo tão cheio de desafios e competitividade, ser gentil se torna cada vez mais um diferencial, seja no trabalho, em casa ou entre amigos. Se antes essa habilidade era frequentemente relacionada à fragilidade, hoje é diferente.
Um simples obrigado, um belo sorriso ou um gesto carinhoso são pequenas ações que podem fazer toda a diferença, relacionando a gentileza à coragem e, em alguns momentos, de ser analisado de uma forma errônea, mas que faz o bem para o próximo e a si mesmo.
Segundo a psicóloga Chrystina Kato, a definição de gentileza se dá para alguém que tem a qualidade ou caráter de ser gentil. “É aquela pessoa que pratica ações nobres, que é distinta e amável. Então, na definição da palavra gentileza a gente encontra uma relação direta com amabilidade e delicadeza”, explica.
Mas quando se trabalha este conceito? De acordo com a psicóloga é importante observar que esta ação traz noções morais e de convívio social, já que a gentileza para a psicologia pode ser entendida como uma forma saudável de convívio.
“Ela explora uma dimensão do prazer social. Quando, por exemplo, a gente exerce a nossa tendência humana de buscar prazer e de realizar prazer. Então quando somos gentis e realizamos algo prazeroso. Quando recebemos uma gentileza, estamos realizando algo prazeroso na nossa vida. A prática da gentileza é parte de um convívio social que denota uma conquista civilizatória, cultural e social. Tudo isso favorece os vínculos afetivo, familiar e profissional”, esclarece.
Outro ponto analisado neste tema encontra-se nos estereótipos criados quando a pessoa tem o perfil honesto e gentil. “Pode ser visto como uma pessoa fraca perante às cobranças da sociedade. É mais fácil você brigar com alguém tentando impor a sua ideia do que você concordar. Tem gente que prefere discordar e outros partem do princípio de ser ou não gentil”, analisa.
Estudos mostram que as gentilezas tornam as pessoas mais saudáveis, com relacionamentos melhores e mais produtivos. Soma-se o fato de que pessoas que compartilham desse comportamento são muito mais felizes e leves. O respeito e o carinho é algo que todos nós queremos e admiramos, portanto, elogiar, motivar e tratar bem as pessoas pode fazer a diferença no mundo.
“Identificar um agravamento nas questões das desigualdades e respeito, as diferenças, em várias categorias, como as diferenças sexuais, religiosas, culturais e políticas. É importante trabalhar com o autocuidado, a autogentileza, se é que existe isso. Essa palavra objetiva desenvolver uma estratégia de resgate da boa convivência, do respeito mútuo, da igualdade e a ter uma vida de paz socialmente”, garante Chrystina.
Na visão da especialista, esse tipo de comportamento tem que ser lançado já nas crianças, tendo como foco o olhar para as futuras gerações. “Ensinar desde muito cedo é como trazer parte da educação, praticar a cortesia, gentileza, honestidade como movimentos e fatores naturais do ser humano porque é isso. Ninguém nasce para ser desonesto nem com esse padrão de comportamento que não é gentil, que não é honesto, que não preconiza a igualdade”, questiona.
Gentileza é acolhimento, e ela cabe em todos os momentos, mas começa pela própria pessoa. Para ela, o autocuidado deve ser colocado em evidência.
Atitudes que representam a gentileza
* Cumprimente um desconhecido na rua;
* Dê preferência para pedestres;
* Deixe um cafezinho pago para um desconhecido;
* Arrume o ambiente de trabalho de seu colega para quando ele chegar;
* Recolha algum lixo que estiver no chão;
* Ofereça ajuda para alguém mais velho;
* Peça desculpas;
* Escreva um cartão com palavras positivas e deixe no mural do trabalho;
* Pegue uma flor no jardim para presentear um amigo;
* Elogie o trabalho de alguém.
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