Por Bárbara Farias
A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou ontem (10) a extinção da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) por 64 votos a favor e 15 contra, além de duas abstenções. O projeto de lei 727/2019 é de autoria do governador João Doria, que tem como uma das justificativas o envolvimento de gestores da companhia em casos de corrupção nos governos do PSDB em obras viárias e no Rodoanel.
Agora, o projeto segue para a sanção ou veto do governador. Esta era uma das prioridades de Doria, que teve como primeira medida de seu mandato, no dia 1º de janeiro deste ano, a assinatura de um projeto de lei que permitia ao governo do estado extinguir, fundir ou incorporar diversas empresas estatais, incluindo a Dersa. No entanto, a Dersa foi retirada da pauta e voltou a ser discutida no segundo semestre.
A deputada Carla Morando (PSDB), que foi favorável à aprovação do texto, disse que “a Dersa foi muito boa enquanto ela existiu, mas agora é um novo modelo, que são as concessõesâ€, segundo publicou a Alesp.
Para o deputado Carlos Giannazi (PSOL), contrário à extinção, esse projeto significa a entrega de um patrimônio público importante em um momento em que a Dersa está sendo investigada. “Nós queremos instaurar a CPI, então é um absurdo privatizar justamente agoraâ€.
No litoral paulista, incluindo a Baixada Santista e Vale do Ribeira, a Dersa administra as travessias de balsas e barcas.
Em nota, a Secretaria de LogÃstica e Transporte informa que “a proposta de extinção da Dersa pelo governo, dá continuidade ao processo de enxugamento da máquina estatal e redução de custos, a exemplo do que já está fazendo com as outras três empresas ( Emplasa, CPOS e Codasp) já extintas e que estão em processo de liquidação. Aos funcionários da Companhia será aberto um Plano de Demissão Incentivada (PDI). As atividades da Dersa serão transferidas para a Secretaria de Transportes e LogÃstica, sem prejuÃzo de qualquer obra e/ou serviço de interesse público”.
*Com informações da Assembleia Legislativa de São Paulo