Um mega-ciberataque derrubou vários sistemas de comunicação de empresas e serviços públicos pelo mundo na manhã desta sexta-feira (12).
Na Espanha, vários ataques atingiram um grande número de empresas. A rede interna da Telefônica foi hackeada e os funcionários da empresa foram orientados a desligar seus computadores. Outras empresas afetadas em solo espanhol foram a seguradora Mapfre e o banco BBVA.
Nas telas, apareciam mensagens pedindo o pagamento de um resgate em bitcoins para reativar o sistema no valor de US$300 (R$940). Este valor subia com o passar do tempo.
No Reino Unido, pelo menos 16 hospitais públicos relataram problemas após um ataque análogo contra seus sistemas de tecnologia. O bloqueio de computadores impediu o acesso a prontuários médicos e provocou o redirecionamento de ambulâncias.
Outros países que confirmaram ter sido afetados por ataques foram Rússia, Japão, Turquia, Filipinas e Alemanha. Informações preliminares da imprensa espanhola indicam que os ciberataques tiverem origem da China.
Costin Raiu, que é diretor da empresa russa de cibersegurança Kasperky, informou que foram registrados mais de 4 mil ataques em 74 países e que o número está crescendo rapidamente.
O ataque se dá pelo vírus “ransomware”, que exige um resgate para desbloquear o acesso a arquivos e o retorno do funcionamento do sistema operacional, e se espalhou de tal maneira por meio de uma falha do Windows.
A Microsft reportou a falha de segurança em março e recomendou a atualização de versões em vários sistemas operacionais. O site NoMoreRansom, que combate este tipo de vírus, não aconselha o pagamento do resgate pois, segundo ele, isso não garante o retorno do funcionamento do computador.
A imprensa da Telefônica, que é dona da Vivo, e do Santander no Brasil informaram que por aqui as atividades da empresa não foram impactadas, mas que medidas preventivas já estão sendo tomadas. Entretanto, as páginas da Petrobras, INSS e Ministério Público de São Paulo foram tiradas do ar em medida preventiva.