Da Redação
A gerência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou neste domingo (17) a aprovação do uso emergencial de dois imunizantes contra a Covid-19: a CoronaVac e a vacina de Oxford.
Os técnicos da agência, porém, fizeram ressalvas em ambos os caos, levando-se em conta o atual cenário da pandemia. Segundo eles, a decisão foi condicionada ao monitoramento das incertezas e à reavalização periódica.
Ainda neste domingo, diretores da agência irão ratificar ou não a recomendação das áreas técnicas.
A Anvisa apontou alguns dados inconclusivos com relação à CoronaVac. Um deles é sobre a quantidade de idosos testados, considerada muito baixa.
Outro ponto diz respeito ao intervalo de doses da vacina. Segundo a avaliação da Anvisa, o intervalo de zero e 28 dias teve melhor resposta do que a de zero e 14 dias. Não se sabe, portanto, o que poderia acontecer com pessoas com idade a partir de 60 anos que terão dosagem com 14 dias.
A agência também apontou a falta de dados sobre dose única para gestantes, adolescentes e pessoas com comorbidade.
A CoronaVac é desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac. No Brasil, a vacina tem sido produzida por meio de uma parceria com o Instituto Butantan.
Vacina de Oxford
Logo depois de apresentar o resultado da avaliação da CoronaVac, a gerência da Anvisa detalhou a análise sobre a vacina de Oxford e recomendou a aprovação de seu uso em caráter emergencial, mas com ressalvas.
Nesse caso, os estudos mostraram que o imunizante teve uma maior eficácia associada ao intervalo de doses de oito a 12 semanas. Segundo a agência, não é possível concluir qual o grau de proteção quando o intervalo for menor do que oito semanas.
Essa vacina é desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZenica.
Foto da capa: Divulgação/Anvisa